28.6.07

O flautista



Há muitos, muitos anos num país longínquo, uma cidade foi invadida por ratos. Centena e centenas de ratos, que corriam por todo o lado e comiam tudo o que encontravam e metiam medo ás pessoas.
Dentro das lojas, das casas, dos armários e até nas roupas e no calçado havia ratos que roíam e comiam tudo. É claro que a comida começou a faltar aos habitantes.
Os ratos corriam por todo o lado, tanto de dia como de noite. Por mais que as pessoas os enxotassem, apareciam sempre mais. Os habitantes mal conseguiam dormir, com os ruídos e chiadeiras que os horrendos animais faziam.
Um dia chegou um homem à cidade, que dizia conseguir livrar-se dos ratos. Mas que só o fazia em troca de dinheiro e ouro. Os habitantes desesperados aceitaram e prometeram dar-lhe o que ele quisesse desde que os livrasse daquela praga.
À meia-noite, o homem percorreu as ruas tocando flauta. Os ratos, ao ouvirem a melodia, faziam fila atrás dele, obedecendo aos encantamentos da flauta.
O flautista foi tocando até ao rio e, mesmo à beira do rio, mudou de melodia e os ratos, sem hesitarem, atiraram-se para o mesmo, desaparecendo num instante.
Cumprida a tarefa o homem regressou à cidade e foi pedir o dinheiro e o ouro. Os habitantes, por sua vez, ao pensarem que estavam livres de vez dos ratos, recusaram-se a dar-lhe o ouro e o dinheiro prometidos.
O homem não tardou a vingar-se e, tocando uma das suas melodias, fez com que todas as crianças da cidade o seguissem até à montanha, sem que ninguém o conseguisse impedir.
As pessoas reconheceram então que tinham errado e entregaram tudo o que tinham recolhido para lhe pagar. As crianças regressaram às suas famílias e o flautista foi-se embora e nunca mais ninguém o viu.
Os habitantes concluíram que não se deve fazer promessas que depois não se cumpram, pois isso pode trazer consequências graves.



Ângela, 6ºA

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