25.6.07

As gémeas no jardim zoológico



A Raquel e a Luísa nunca tinham ido ao Jardim Zoológico. Ficaram encantadas com uma árvore gigantesca que encontraram na porta do zoo; para dizer a verdade era uma porta um bocado esquisita: era em ferro com uma espécie de telhado e rodeada por canteiros com rosas encarnadas.
Enquanto estavam à espera que abrissem a porta esquisita para poderem entrar o pai disse-lhes:
- No Jardim Zoológico há todas as espécies de animais da terra, da água e do ar! Vieram dos quatro cantos do mundo, da Ásia, da América, da África e da Oceânia.
As gémeas eram como cão e gato, odiavam-se. Acho que, só quando abriram a porta do zoo é que se esqueceram do profundo ódio que sentiam uma pela outra.
Os primeiros animais que viram foram os hipopótamos, que pareciam ter um ar enjoado, e a Luísa disse:
- Comeu muito!
E a Raquel retorquiu:
- Não! Não comeu muito. Está é com sono e por isso é que está sempre a bocejar!
- Não é nada!
- É sim!
E o pai interrompeu:
- Comportem-se, já têm dez anos!
Elas estavam com um ar arrependido, mas só pensavam em vingar-se uma da outra.
Enquanto viam um urso branquinho, a Luísa e a Raquel solicitaram aos pais:
- Podemos ir ver os camelos e os macacos sozinhas?
E a mãe replicou:
- Está bem, mas não se esqueçam de vir ter connosco daqui a meia hora!
E o pai acrescentou:
- Ao pé dos elefantes! Não se esqueçam!
- Está bem! – Diz a Raquel.
Ao verem o camelo, a Luísa reparou numa etiqueta que ele tinha e riu-se:
- Ah ah ah! Gilberto… ah ah ah!
- O quê? – Pergunta a Raquel.
- Ele tem nome! – Sussurrou a Luísa.
- O quê?
- Nada!
Quando foram ver os macacos deu-lhes uma vontade enorme de rir às gargalhadas. E começaram a falar as duas, apontando para os respectivos macacos:
- Aquele parece um demónio vivo!
- E aquele é como tu, adora amendoins!
- E aquele, o pequenino. Vês! Não pára de se balançar nas árvores!
Como ainda só tinha passado um quarto de hora decidiram ir ver as girafas.
- Que alta! – Exclama a Luísa.
Depois de terem visto também os leões, foram ter com os pais ao pé dos elefantes. Mal os viu, a Luísa gritou:
- Que trombas! A do elefante da esquerda é a maior!
- Não é nada! É a do elefante da direita! – Diz a Raquel.
- Direita!
- Esquerda!
O pai, já chateado, ordenou:
- Párem com isso!
E a mãe disse ao pai:
- Acalma-te! Isto nunca vai mudar!


Débora, 6ºA

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